terça-feira, 22 de novembro de 2011

"Blog da Segurança" e "Projeto Conversas no Instituto" no 5º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária

Confira como foi a participação do IFRS Campus Porto Alegre no 5º CBEU

Na última semana, de 8 a 11 de novembro, o IFRS esteve presente no 5º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária – 5º CBEU, sediado neste ano de 2011 na cidade de Porto Alegre com o tema “As Fronteiras da Extensão”.

No estande do IFRS localizado na Mostra de Extensão, em frente a FACED/UFRGS, professores e alunos do IFRS Campus Porto Alegre estiveram divulgando seus projetos de extensão através de atividades interativas com o público. Ao longo da semana os projetos “Projeto de Iniciação em Panificação e Confeitaria”, coordenado de professora Andréa Bordin Schumacher, e o “Projeto Navegando no @mbiente – inclusão digital e conservação ambiental”, coordenado pelo professor Celson Roberto Canto Silva, foram apresentados à comunidade do 5º CBEU.

O Projeto Prelúdio, programa de Extensão do Campus Porto Alegre, também esteve participando, na noite de quarta-feira, dia 9 de novembro, com a apresentação do Conjunto de Violões, da Orquestra Infantil, da Orquestra Infanto Juvenil e do Coro Infantil, no Salão de Festas da Reitoria da UFRGS.

Na sexta-feira, dia 11, foi a vez dos projetos “Química Forense em Ambientes Interativos de Aprendizagem”, “Experimentação no Ensino de Ciências: Importância e Viabilidade”; “Conversas no Instituto” e “BLOG da Segurança”, coordenados respectivamente pelas professoras Michelle Camara Pizzato, Andréia M. Zucolotto e Maria Cláudia Kirsch Bíssigo.

Algumas das atividades desenvolvidas foram: práticas experimentais associadas à química forense, demonstração de algumas atividades experimentais e dinâmicas realizadas no curso de extensão “Experimentação no Ensino de Ciências: Importância e Viabilidade”, degustação de produtos confeccionados pelos alunos nos cursos do Projeto de Iniciação em Panificação e Confeitaria, exposição de material explicativo (banners) e acesso aos blogs do Projeto Navegando no @mbiente – inclusão digital e conservação ambiental, com possibilidade de interação com os mesmos, acesso ao Blog da Segurança, entre outras atividades de divulgação, discussão, debates, rodas de conversa e trocas de experiências.

Sobre o CBEU - O evento é referência para a extensão universitária do país e tem como objetivo a troca de experiências, apresentação de propostas e resultados e, principalmente, a oportunidade de refletir criticamente sobre a extensão universitária no Brasil.

Nesta quinta edição, a programação contou ainda com Conferências, Mesas Redondas, Minicursos e Atividades Culturais, além de apresentações de trabalhos nas modalidades de Comunicação oral, Tertúlia e Oficinas, envolvendo as oito áreas temáticas da extensão.

(...)

Mais informações podem ser encontradas na página do Congresso: www.ufrgs.br/5cbeu.

Confira algumas fotos do estande do IFRS na Mostra de Extensão:

Paulo Machado (e), Felipe de Marchi (c) e a Profº. Maria Cláudia Bíssigo.

 

sábado, 19 de novembro de 2011

A Fundacentro e a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho


A Presidente Dilma Rousseff assinou agora, no dia sete de novembro, o decreto nº 7602 que institui a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), elaborada por Comissão Tripartite (governo e entidades dos trabalhadores e dos empresários) sob coordenação do Ministério do Trabalho e Emprego. A proposta foi encaminhada à Casa Civil em abril de 2010 por três ministros: o da Previdência Social, o da Saúde e o do Trabalho e Emprego.

A publicação era aguardada com certa ansiedade. Já fora até anunciada anteriormente, pois ainda que não trouxesse avanços excepcionais à análise e propostas de implementação, era o resultado de um processo consensual de grande significado político. Afinal, é a demonstração pública do quanto os agravos à saúde do trabalhador devem merecer a atenção de todos e não só daqueles ministérios e entidades hoje diretamente envolvidos no esforço de redução dos mesmos no Brasil.

É muito claro que a nível do Governo Federal não são apenas os três ministérios co-signatários que devem se engajar nesse esforço, ainda que sobre eles deva recair a função coordenadora. Vale lembrar que quando o Ministério do Trabalho foi criado por Getúlio Vargas, ele o foi como irmão siamês do desenvolvimento industrial: seu título era Ministério da Indústria e Trabalho. Sobre o Ministério do Desenvolvimento Industrial e Comércio Exterior recai uma boa parcela de responsabilidade sobre os riscos ao trabalhador, ao mesmo tempo em que este ministério possui instrumentos fortes de proteção à força de trabalho, pouco acionados. Isso não é menos verdade para os Ministérios da Agricultura, da Pesca, todos os ministérios ditos econômicos, inclusive os da infra-estrutura, como transportes, energia, e os tipicamente sociais, como os que cuidam da educação e do meio ambiente.

Na conjuntura atual, com crescimento do emprego, introdução de novas tecnologias, investimentos do PAC, urge articular a área aos fóruns econômicos e programas de outros setores, como os que direcionam a Política Industrial, a Política de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, etc.

Os agravos à saúde do trabalhador são um problema dos governos por inteiro e da sociedade em geral. No entanto, a discussão da questão da SST encontra-se relativamente confinada a círculos governamentais estreitos e, mesmo entre trabalhadores, só recentemente começa a ser  incluída na pauta ativa.

A razão para isso é histórica. Afinal o fim do escravagismo aconteceu no Brasil há pouco mais de um século. A luta econômica por melhores salários é desafiadora. É nossa obrigação democrática mudar essa história: uma tarefa de todos. Se isso é fundamental para um novo Brasil no campo ideológico, é ainda mais no campo político. Ou seja, a necessidade de atenção adequada à saúde do trabalhador soma-se hoje ao quadro das necessidades nacionais para superar o atraso econômico e social brasileiro a um só tempo.

Para dimensionar o problema não precisamos de muitos números, disputar campeonatos internacionais, nem exagerar estimativas. Que exemplo nos deu recentemente o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ao lançar uma campanha preventiva, afinal fora de sua atribuição formal, mas dentro de sua formação ética! O Ministro João Oreste Dalazen, Presidente do TST, concluiu que as estatísticas são falhas. O TST e os TRTs vivem atulhados de processos, reivindicações e causas que não constam das estatísticas dos acidentes do trabalho.

E mais: os registros e causas normalmente dizem respeito a trabalhadores da economia formal. Ora, pouco mais de 50% dos trabalhadores brasileiros possuem carteira do trabalho. Para os trabalhadores da economia informal, as estruturas existentes não têm alcance maior, nem por projetos de capacitação específica, nem por instrumentos de fiscalização das condições de trabalho e emprego.

Para fugir de discussões sobre indicadores, podemos usar apenas um número, provavelmente o que possui menos viés, embora não isento dele: o número de óbitos por acidentes de trabalho, certamente também subestimado. São cerca de 3.000 mortes registradas por ano, ou seja, 8 mortes por dia trabalhado - ou 1 morte por hora. As notícias de acidentes envolvendo mortes coletivas são cotidianas na grande imprensa, ainda que em espaços sem destaque.

De outro lado, a incapacidade e aposentadorias especiais causam problemas sociais e econômicos de monta. Em 2008, mais de 12 mil pessoas foram incapacitadas de modo permanente; 330 mil, temporariamente, por mais de 15 dias, num total de 765 mil acidentes liquidados pelo INSS. Em aposentadorias especiais, o INSS despende cerca de R$15 bilhões por ano. Há uma estimativa de que esses agravos à saúde do trabalhador consomem, cerca de 3,5% do PIB, levando em conta horas perdidas de trabalho, atenção médica, diminuição da produtividade. Uma parcela bem superior à dos recursos reclamados para a saúde.

A Política Nacional de SST contempla, em particular, um órgão do qual me orgulho de dirigir: a FUNDACENTRO -  Fundação Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – atribuindo-lhe responsabilidades à altura do prestígio conquistado ao elucidar, através de estudos e pesquisas, mecanismos e fatores de risco para o adoecimento e para os acidentes de trabalho. Além disso, a FUNDACENTRO contribuiu para a elaboração de normas reguladoras e promover a SST, transformando-se em órgão assessor da OMS e da OIT nesse campo.

Há dois anos procuramos tirá-la de relativa estagnação em que se encontra nos últimos dez anos, decorrente do esvaziamento de quadros técnico-científicos e da perda de fonte de recursos próprios na década de 90. Nosso objetivo é que a FUNDACENTRO cumpra renovado papel no campo da SST e possa plenamente atender aos reclamos do desenvolvimento econômico e social brasileiro.

A investigação sobre os determinantes sociais dos agravos à saúde do trabalhador, a par da organização do trabalho e emprego, a introdução de novas tecnologias e o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias para a proteção do trabalhador são campos que precisam ser mais desenvolvidos na FUNDACENTRO.


Concentrada nas regiões Sul e Sudeste, nossa instituição precisa acompanhar o eixo de desenvolvimento atual rumo às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Rever e harmonizar as normas atuais é mandatório, bem como acompanhar o PAC. Mas no seu quadro de servidores, as vagas ocupadas em todo o Brasil são apenas 267, face a 501 cargos existentes. Os recursos disponíveis (excluídos os gastos com pessoal do RJU), representam pouco mais de 25% do gasto anual da FUNDACENTRO, mantendo-se inalterados desde 2003.

Para o MTE sobram 50%, mesmo com as atividades de fiscalização que são intensivas  em mão-de-obra. Ou seja, o relativo grande gasto com pessoal da FUNDACENTRO é fruto do sub-financiamento de suas atividades, tanto gerenciais como finalísticas. 

Há mais de um ano encaminhamos uma proposta de reforma dos estatutos, que o Conselho Curador (tripartite) aprovou por unanimidade, uma proposta orçamentária que permita a expansão das atividades da FUNDACENTRO, e  realizamos concurso público, já homologado em junho de 2010, iniciativas que aguardam priorização nas instâncias superiores.  A expectativa é de que agora as autorizações sejam dadas e que a FUNDACENTRO possa acompanhar o Brasil, e contribuir para implementar a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.

Eduardo de Azeredo Costa, 
Presidente da FUNDACENTRO/MTE

Fonte: http://www.fundacentro.gov.br/sistemas/Noticias/DetalhesNotaNoticia.aspx?CodLancamento=664

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Decreto institui Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho no Brasil

Pela primeira vez, o Brasil terá uma Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST). O Decreto 7.602 que instituiu a nova Política foi publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira, dia 8, e traz avanços pontuais ao estabelecer normas para promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, buscando a prevenção por meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes laborais.

A construção desta Política de Saúde do Trabalho é fruto de um amplo debate e organização da comissão tripartite formada pelas centrais sindicais, representantes do governo (ministérios do Trabalho, Saúde e Previdência) e entidades patronais, onde a CUT teve papel importante na elaboração das diretrizes.

Partindo dos princípios de universalidade, proteção e prevenção, o Plano será fundamental para diminuir e eliminar os riscos de acidentes laborais. Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social, somente em 2010 foram registrados 701.496 acidentes de trabalho, número menor se comparado ao ano anterior (733.365). Mas o número de mortes cresceu 11,4% de um ano para o outro, de 2.650 para 2.712.

As ações no âmbito da Política devem constar do Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho e desenvolver-se seguindo as diretrizes de inclusão de todos trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção da saúde, com a harmonização da legislação e a articulação das ações de promoção, proteção, prevenção, assistência, reabilitação e reparação da saúde do trabalhador; adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco e promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde nos locais de trabalho; reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho e o estímulo à capacitação e à educação continuada de trabalhadores; promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no trabalho;

Para o alcance de seu objetivo a Política deverá ser implementada por meio da articulação continuada das ações de governo no campo das relações de trabalho, produção, consumo, ambiente e saúde, com a participação das organizações representativas de trabalhadores e empregadores.

Texto retirado de: http://www.mundosindical.com.br/sindicalismo/noticias/noticia.asp?id=7706 

No link abaixo, o Programa na íntegra:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/insumos_portaria_interministerial_800.pdf

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Educação deficiente dificulta crescimento industrial

As deficiências na educação básica brasileira são tão grandes que dificultam o aprendizado até para ser pedreiro, uma profissão que não exigia muita qualificação. Isso foi constatado pela indústria da construção civil gaúcha que, no auge de seu crescimento, no ano de 2010, teve que montar cursos para a formação de mão de obra e encontrou enorme dificuldade dos candidatos para entenderem o que era ensinado. Agora, é a Confederação Nacional da Indústria que chega à conclusão de que a falta de conhecimento tem influído na qualificação da mão de obra e, em consequência, na ampliação e modernização de projetos industriais.

Educação II
Em encontro realizado em São Paulo, industriais de todo o País deram exemplos dos problemas. O diretor Global de Recursos Humanos da Vale, Luciano Pires, revelou que, recentemente, a mineradora abriu 600 vagas para aprendizes no Pará e conseguiu selecionar apenas 200 candidatos. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Vieira, pesquisa revelou que o trabalhador tem dificuldade de interpretar dados e de agir rapidamente diante de problemas imediatos.

Educação IIl

Além da falta de escolaridade primária, há deficiências no ensino profissionalizante. O Brasil tem 6 milhões de estudantes universitários e 9 milhões no Ensino  Médio, dos quais apenas 1 milhão no ensino profissionalizante, informou o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi:  “No Brasil o jovem tem em média 12 anos de frequência à escola, sem uma hora sequer de educação profissional, e só 10% dessa juventude vai para universidade. Não há preparação dos outros 90%.” Por isso, digo eu, andou acertadamente a presidente Dilma Rousseff ao criar, em 26 de outubro, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, que vai garantir educação profissional aos jovens. Só o Senai, parceiro do programa, vai investir, até 2014, R$ 1,5 bilhão na construção de 100 novas escolas, 100 novas unidades de ensino móveis, 22 institutos de inovação e 40 institutos de tecnologia, de modo a ampliar o ensino profissionalizante e atender a demanda.
 
Por Danilo Ucha | ucha@jornaldocomercio.com.br - Painel Econômico

Acidentes de trabalho diminuem, mas mortes aumentam

A 19ª edição do Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), divulgada nesta terça-feira, 25 de outubro, apontou uma diminuição dos acidentes de trabalho em 2010 com relação a 2009. Mas o número de trabalhadores que perderam a vida por acidente de trabalho aumentou no último ano.

Segundo o Anuário, em 2010 foram registrados 701.496 acidentes contra 723.452 em 2009. Apesar disso, foram registradas 2.712 mortes no último ano, sendo que em 2009 foram registradas 2.560.

De um modo geral, o número de acidentes foi menor no ano passado em relação aos anteriores. Foram 525.206 com CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) registrada, sendo 414.824 acidentes típicos e 15.593 relacionados a doenças ocupacionais, enquanto que no caso dos acidentes de trajeto houve elevação, saltando de 90.180 em 2009 para 94.789 casos em 2010. O número de acidentes sem CAT registrada também foi mais baixo, 176.290.

Em todas as regiões do país a quantidade de acidentes diminuiu. No Norte foram 29.220, 89.485 no Nordeste, 378.564 no Sudeste, 156.853 no Sul e 47.374 no Centro-Oeste. Já o número de óbitos aumentou em todas as regiões, sendo 170 no Norte, 446 no Nordeste, 1.288 no Sudeste, 497 no Sul e 311 no Centro-Oeste.

Os dados do Anuário Estatístico estão disponíveis na guia Estatísticas do site do Ministério da Previdência Social (www.previdencia.gov.br). Para acessá-los diretamente, clique em: http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=1144

Publicada pela Revista Proteção, 26.10.2011

Norma reduz acidentes de trabalho

Dois anos depois da entrada em vigor das novas regras sobre acidentes de trabalho - que bonificam empregadores que investem em ações de prevenção e penalizam os que registram índices acima dos do setor -, o balanço da Previdência mostra redução do número de ocorrências, sobretudo nas grandes empresas. Dados inéditos preparados para O GLOBO revelam que em 18 (78,3%) dos principais 23 segmentos econômicos do país o desempenho foi positivo. Foram analisadas as 492 maiores empresas desses ramos. No entanto, a Previdência Social adverte: há melhoras, mas os riscos ainda são grandes para os trabalhadores. 

Embora o número global de acidentes tenha caído de 733.365 em 2009 para 701.496 no ano passado, as ocorrências causadas por fatores externos (ferimentos, fraturas e amputações) cresceram 6,34%. O número de mortes também subiu, de 2.560 para 2.712, segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social, divulgado na semana passada.

- Houve uma queda no número geral de acidentes, mas o risco continua - disse o diretor de Saúde Ocupacional da Previdência, Remígio Todeschini.

Ao avaliar a nova legislação, a Previdência indica os setores que mais se destacaram neste primeiro ano das regras: atacadista, indústria digital, comunicações, bens de capital, varejo, têxteis e química e petroquímica. Apenas cinco segmentos ganharam nota negativa e foram penalizados: bens de consumo, papel e celulose, telecomunicações; farmacêutico e transporte.

O levantamento toma como base o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) - que é uma taxa, entre 0,5% e 2%, cobrada sobre a folha de pagamento das empresas. Ele leva em consideração frequência, gravidade e custos dos acidentes ocorridos em uma empresa em relação à média do setor ao qual pertence. Quem fica abaixo da média é bonificado; acima, penalizado. A nova metodologia atinge um universo de um milhão de empresas, que têm o índice do FAP calculado anualmente pela Previdência. Estão fora as inscritas no Simples.

Os 18 segmentos que ganharam notas positivas tiveram uma redução média de 15,31% no FAP, entre 2009 e 2011. Por outro lado, os cinco com notas negativas tiveram alta média de 11,49%.
Para Todeschini, as empresas passaram a investir mais em prevenção a partir da norma atual. Para ele, os serviços de segurança e medicina do trabalho delas foram mais efetivos.

Entre os bons exemplos estão a Braskem, a Brasif Exportação e Importação e a Arisco. Mário Pino, gerente de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho da Brakem, contou que a empresa adota um sistema de gestão integrado em todas as suas plantas, com foco na prevenção. Com isso, a frequência de ocorrências, que era de dez a cada milhão de horas trabalhadas por ano, em 2002, passou para 1,26 em 2010 - próximo à referência mundial, que é de uma.


Publicada em 31 de outubro de 2011 pelo O Globo. Por Geralda Doca geralda@bsb.oglobo.com.br - BRASÍLIA.