terça-feira, 31 de maio de 2011

Blog Segurança do Instituto: Cobertura da FIMEC 2011

Cobertura da 35ª edição da Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes Máquinas e Equipamentos para Curtumes, a FIMEC, que ocorreu em Novo Hamburgo, de 12 a 15 de abril de 2011.




Cobertura da Fábrica Conceito da FIMEC 2011.

"O objetivo da Fábrica Conceito é demonstrar as técnicas, processos e operações mais eficientes para a produção  de calçados, com matérias-primas e componentes inovadores,  máquinas e equipamentos de alta performance, além de softwares customizados e eficientes para a gestão industrial e desenvolvimento de produto." (...)

"(...) Ao todo, são confeccionados três modelos de calçados, cada um voltado à um nicho de mercado diferenciado.

O modelo ecológico leva a assinatura da West Coast, indústria de calçados de Ivoti/RS, e tem todos os seus componentes - desde as matérias-primas até a embalagem final - com características sustentáveis. (...)

Calçado totalmente sustentável - Componentes
O cabedal (parte de cima do calçado) é em biocouro, tipo de couro curtido sem o uso de metais pesados, em lona reciclada, obtida a partir de fibras de poliéster e de algodão. O contraforte e a couraça, que reforçam a estrutura do calçado no bico e no calcanhar, contam com fibras vegetais em sua composição. O forro interno é feito com dois materiais: não-tecido, produzido a partir de fibras ecicladas de garrafas PET, e malha de fibras de bambu. Os adesivos são isentos de solventes, produzidos à base de água ou 100% sólidos (hot melt). O atacador (cadarço) também é de fibras de garrafas PET recicladas, assim como as fitas do enfeite lateral do calçado. Já o solado, é em borracha reciclada e biodegradável, que depois de seis meses em contato com microrganismos, se degrada e ransforma-se em gás carbônico e água. Além disso, a embalagem do calçado também é ecológica, produzida com papelão de celulose obtida nos padrões do carbono neutro, utilizando madeira de matas reflorestadas."




Matérias produzidas por alunos do II semestre do curso técnico em Segurança do Trabalho do Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Porto Alegre, com o intuito mostrar as visitas a empresas ou feiras, cujo objetivo é conhecer máquinas, equipamentos, tecnologias e processos, conversar com pessoas inseridas nos meios produtivos e na Segurança do Trabalho, além de aprender sobre as particularidades de cada setor.

Filmagem e edição: Felipe de Marchi

segunda-feira, 30 de maio de 2011

MPT lança campanha de combate ao trabalho escravo contemporâneo

Campanha publicitária pretende conscientizar e educar empregador, trabalhador e sociedade

Brasília (DF) - O que é o trabalho escravo contemporâneo? Essa é a pergunta que nortea a Campanha Nacional de Combate ao trabalho escravo do Ministério Público do Trabalho (MPT), lançada nesta sexta-feira (27), em Brasília.

Muitos pensam que esse tipo de afronta a dignidade humana é só encontrada no campo mas, pesquisas atuais revelam, que essa irregularidade trabalhista migrou para as empresas, para cidades e para a construção civil, no geral, no momento de instalação para o início das obras, como é o caso das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. A prática fere os direitos humanos.

“A Campanha visa promover a educação e a conscientização do empregador, trabalhador e da sociedade”, explica a Procuradora do Trabalho, Débora Tito Farias, coordenadora nacional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do MPT (CONAETE), referindo-se ao propósito da ação.

A primeira campanha publicitária do MPT desconstrói a ideia de que trabalho escravo é algo distante e só acontece no meio rural. Os spots de rádio e os VT’s televisivos, lançados durante o evento e que serão divulgados amplamente durante o ano, alertam também para condições análogas ao trabalho escravo no meio urbano, em geral nas indústrias de confecção têxtil. “O trabalho escravo não está distante. Ele pode ser o que nós, como consumidores usufruímos”, afirmou o Procurador-Geral do Trabalho, Otavio Brito Lopes, exemplificando que as vezes consumimos produtos de empresas que não zelam pela proteção de direitos dos trabalhadores.

Outro ganho relevante da campanha foi a definição do que vem a ser condições degradantes de trabalho e jornada de trabalho extenuante, conceitos até então julgados como sendo vagos e que serviam como respaldo para empregadores justificarem a adoção de regime de trabalho escravo. “A partir de agora, nós temos um start do MPT no combate a erradicação do trabalho escravo através de uma campanha que busca alertar a população e conscientizar os trabalhadores e empregadores”, afirmou a Procuradora do Trabalho, Paula de Ávila Nunes, vice-coordenadora nacional da CONAETE.

No Brasil, 20 mil trabalhadores estão em situação de trabalho escravo. Com a Campanha, o MPT pretende oferecer capacitação e ressocializar esses trabalhadores.

Fonte: http://tinyurl.com/3nuy2pq - 27/05/2011

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ergonomia no Brasil - Sobre Alain Wisner

Edição especial da Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, publicada em 2004, feita em homenagem ao professor francês Alain Wisner (1923-2004).

Inteligência no Trabalho e Análise Ergonômica do Trabalho
As contribuições de Alain Wisner para o desenvolvimento da Ergonomia no Brasil

Por José Marçal Jackson Filho - Ergonomista (Dr.) e pesquisador FUNDACENTRO/SC.

Pensar na obra de A. Wisner remete-nos necessariamente à Análise Ergonômica do Trabalho (AET), remete-nos também à inseparabilidade entre a produção de conhecimentos sobre a realidade e a ação para transformá-la positivamente: compreender o trabalho para transformá-lo, eis o princípio fundador da AET.

Para homenagear o Professor A. Wisner por sua contribuição ao desenvolvimento da Ergonomia no Brasil, uma seleção de textos de estudos brasileiros, fundamentados na AET e apresentados no último Congresso da Associação Brasileira de Ergonomia, foi reunida neste número (109) e no seguinte (110) da RBSO. Antes de introduzi-los, faremos breve explanação sobre o papel de A. Wisner para o desenvolvimento da AET e da Ergonomia no Brasil.

1) Demanda social, trabalho real e inteligência do trabalho: alguns descritores da obra de A. Wisner

A. Wisner teve papel marcante na ruptura epistemológica fundamental para o surgimento da AET (Wisner, 1972). Recusou-se a aceitar, no início dos anos de 1970, o paradigma dominante na comunidade científica da época (importante até hoje), segundo o qual a pesquisa em Ergonomia deveria ser realizada em laboratório para estudar o comportamento e os limites do funcionamento do homem no “trabalho”. Embora fundamentais, tais conhecimentos não resistiam necessariamente à prova das situações reais de trabalho e não se aplicavam diretamente ao desenho dos equipamentos e sistemas.

Por outro lado, assumiu grande risco ao aceitar a demanda social, isto é, aquela proposta por alguns sindicatos para produzir conhecimento sobre o trabalho (Wisner, 1985). A pesquisa guiada para a resolução de problemas não era enquadrada dentro dos padrões de cientificidade no início dos anos de 1970.

Das pesquisas de campo, realizadas em diversas situações de trabalho, A. Wisner e seus colaboradores desenvolveram a metodologia da Análise Ergonômica do Trabalho. Nos seus mais de trinta anos de utilização, ela mostrou-se bastante eficaz para explicar as relações entre saúde, trabalho e desempenho (Wisner, 1987; Guerin et al., 2001).

A característica essencial da AET é ser destinada a “examinar a complexidade, sem colocar em prova um modelo escolhido a priori” (Wisner, 2004; p. 42). A AET é metodologia, isto é, modo de refletir e abordar a realidade do trabalho (e não receituário de métodos ou técnicas) cujo objeto é a compreensão do trabalho e de seus determinantes para, como diz Wisner (2004), “responder a uma questão precisa” e orientar-se para a “proposição de soluções operatórias” (p. 42). Algumas características da AET merecem ser destacadas: – A importância da etapa de análise da demanda, através da qual os ergonomistas constroem o problema a ser tratado, reformulando as questões colocadas por representantes da empresa e/ou dos trabalhadores e considerando os diferentes pontos de vista sobre o problema;

– O papel central da confrontação dos modelos do trabalho produzidos por engenheiros, organizadores e administradores e da descrição do trabalho real a partir das observações de campo;
– A atividade de trabalho não é influenciada apenas por fatores internos à empresa ou instituição, mas também por fatores externos ligados às condições econômicas, sociais, culturais e políticas;
– A necessidade de buscar o sentido da ação dos trabalhadores, que se torna possível graças à utilização rigorosa dos métodos de observação e das entrevistas de autoconfrontação (Wisner, 1995);
– O trabalho é socialmente determinado. Portanto, o redesenho das condições de trabalho deve se basear na ação sobre o conjunto de fatores determinantes; 
– A observação do trabalho implica em uma postura ética por parte dos ergonomistas, ou seja, no acordo dos trabalhadores sobre o estudo e na validação dos resultados com os envolvidos.

Wisner (1993) também teve papel fundamental na defesa da inteligência do trabalho, objeto das pesquisas do laboratório sob sua direção (já nos anos de 1980). A compreensão da inteligência no trabalho não se justifica, segundo ele, para se contrapor à “inteligência racionalmente acumulada” operacionalizada pela arte da engenharia. Ao contrário, a inteligência no trabalho, individualizada ou coletivizada, é o que permite a reação à insuficiência dos dispositivos organizacionais e técnicos e que, de certa forma, os torna efetivos, sendo fonte essencial para o desempenho dos sistemas técnicos. O interesse pela compreensão e pela descrição das formas de expressão da inteligência no trabalho se impõe devido a uma grande contradição: o desenho de muitos sistemas técnico-organizacionais tenta negar o papel do homem e do trabalho para evitar o “erro humano” ou impedir os “atos inseguros”.

Na continuidade de seus estudos, Wisner (1995) busca fortalecer o referencial teórico da AET a partir da reflexão sobre os construtos da Antropologia Cognitiva, inscrevendo-a dentro do paradigma da “cognição situada”. Wisner (1995) mostra que o trabalho não é pura execução, mas construção permanente de problemas devido à grande variabilidade do funcionamento dos sistemas e ao surgimento de novas situações. Não há, no entanto, separação entre mente e corpo, pois, de modo geral, “alguns comportamentos no trabalho não podem ser explicados sem se considerar o estado funcional do operador (falta de sono, fadiga) e seu sofrimento no trabalho (dores músculo-esqueléticas, por exemplo) ou seus temores (acidentes, dentre outros)”. (p. 1547)

Interessado pelos problemas dos processos de transferência tecnológica para países de culturas diferentes, A. Wisner desenvolve a Antropotecnologia a partir da orientação de várias pesquisas de estudantes estrangeiros (Wisner, 1997). Seguindo premissa próxima à da Ergonomia, mas em escala maior, o objetivo é influenciar os determinantes da transferência tecnológica e, assim, ajudar o desenvolvimento econômico desses países. Pôde, assim, demonstrar que o insucesso dos processos de transferência não está associado à “falta de competências” dos compradores da tecnologia, mas relacionado, sobretudo, à insuficiência no processo de transferência tecnológica, que não considera aspectos geográficos, culturais, climáticos, dentre outros.

Pode-se dizer, assim, que a atividade científica de A. Wisner caracterizou-se pelo inconformismo ante os modelos reduzidos do homem e de seu comportamento no trabalho, da relação saúde-trabalho e da análise de acidentes (Wisner, 1993). A AET é de fato metodologia que propicia descrições do trabalho mais amplas e, portanto, mais operantes para sua transformação. No plano institucional, Wisner é um dos grandes responsáveis pela formação da comunidade profissional dos ergonomistas franceses e pelo reconhecimento da Ergonomia pela comunidade científica francesa. Formou vários professores e pesquisadores, franceses e de diversos países, entre os quais muitos brasileiros.

2) Análise Ergonômica do Trabalho e sua institucionalização no Brasil:

O desenvolvimento da AET no Brasil deve-se aos esforços de vários pesquisadores e professores brasileiros formados pela escola do Professor A. Wisner.

Atualmente, a AET é ensinada e fundamenta a pesquisa em várias universidades brasileiras (Universidade de Brasília, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Minas Gerais,  Universidade Federal de São Carlos, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal do Rio de Janeiro, dentre outras), em diferentes departamentos e faculdades (Engenharia de Produção, Psicologia, Medicina, Saúde Pública, Desenho Industrial, dentre outros) e em instituições de pesquisa (por exemplo, FUNDACENTRO).

Além disso, a AET, por estar prescrita na Norma Regulamentadora 17, inserida na legislação brasileira sobre Saúde e Segurança dos Trabalhadores, pode ser utilizada para a transformação de grande número de situações de trabalho no Brasil. Se por muitos anos sua aplicação foi restrita, assistimos nos últimos anos ao grande esforço do Ministério do Trabalho e Emprego para viabilizá-la por meio da formação de muitos auditores fiscais do trabalho e até pela criação da Comissão Nacional de Ergonomia, cuja atribuição é auxiliar o Ministério na elaboração de políticas no campo da Ergonomia, em particular, visando ao enfrentamento das situações de trabalho geradoras de Lesões por Esforços Repetitivos ou de Distúrbios Ósteo-Musculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT).


Fonte: Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, 29 (109): 7-10, 2004.
Edição completa: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/RBSO_109.pdf

quinta-feira, 19 de maio de 2011

14ª Prevensul - O maior evento de SST do sul do país

A 14ª edição da Prevensul, ocorrerá no ano de 2011 em Porto Alegre, onde são esperados mais de 10.000 visitantes, entre profissionais das áreas de SST e Emergência, empresários e compradores. Seguindo a tradição, a feira apresentará novidades tecnológicas do setor, através de produtos e serviços destinados aos visitantes. Congressos, seminários e workshops acontecem paralelamente, reforçando ainda mais a qualidade do evento e dos profissionais que buscam informação e aperfeiçoamento.



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Blog Segurança do Instituto: Cobertura da FIMMA 2011

Dentre as propostas do Blog Segurança do Instituto está a cobertura dos eventos realizados na escola e em visitas a feiras e visitas técnicas.

Apresento, portanto, a primeira delas, da 10ª edição da Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira, a FIMMA Brasil, que ocorreu em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, de 21 a 25 de março de 2011.


Matéria produzida por alunos do II semestre do curso técnico em Segurança do Trabalho do Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Porto Alegre.

Filmagem e edição: Felipe de Marchi

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Governo vai criar Política Nacional de Segurança no Trabalho, diz Lupi

Lourenço Canuto - Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo vai criar a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para diminuir o número de acidentes nas atividades laborais. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a política será instituída por meio de decreto da presidenta Dilma Rousseff.

“O aumento na geração de empregos no país não está acompanhando as medidas de segurança no trabalho e isso é muito preocupante", disse Lupi, durante solenidade na manhã de hoje (28) no auditório do ministério, para lembrar o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho e o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, informou que a corte vai lançar na próxima terça-feira (3) uma campanha para a prevenção e redução dos acidentes do trabalho e da ocorrência de doenças profissionais no país. A campanha vai ser feita com inserções no rádio, TV e na internet.

Ainda não há dados atualizados sobre o índice de ocorrências em 2010, segundo o presidente do TST. "A precariedade das informações e a demora do conhecimento dos dados impede a implementação de medidas mais eficazes de prevenção."

Dalazan teme que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) agravem as estatísticas de acidentes, pois a Construção Civil é o setor campeão de casos, segundo as estatísticas. Em seguida, está o setor elétrico, o metalúrgico e o de transportes.

Dados do Anuário Estatístico da Previdência Social de 2009 demonstram que ocorre em média um acidente de trabalho a cada três minutos. No Brasil foram 78.564 acidentes ocorridos no trajeto para o trabalho; 20.756 casos de doenças decorrentes do trabalho; 414.785 acidentes ligados à profissão; Estima-se que cerca de 30% dos acidentes atinjam mãos, dedos e punhos.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em todo o mundo ocorrem 270 milhões de acidentes de trabalho e são registadas mais de 160 milhões de doenças profissionais a cada ano. Esses acidentes e doenças profissionais causam, anualmente, mais de 2,2 milhões de mortes e provocam uma redução de 4% no Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Edição: Talita Cavalcante e Juliana Andrade

terça-feira, 3 de maio de 2011

Tribunal Superior do Trabalho faz alerta para crescimento dos acidentes de trabalho

Casos aumentaram 84% entre 2002 e 2009 e presidente do tribunal teme que estatística piore com as obras do PAC.

Mariângela Gallucci - O Estado de S.Paulo

Os acidentes de trabalho no Brasil correm o risco de aumentar com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo e da Olimpíada. O alerta é do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen.

Segundo dados divulgados por Dalazen, depois de anos de redução nos índices, os acidentes voltaram a ficar mais frequentes, totalizando um crescimento de 84% no período de 2002 a 2009. "É urgente a adoção de uma política de prevenção de acidentes do trabalho, com ações concretas."

Em 2002, foram registrados 393.071 acidentes de trabalho. Em 2009, o número subiu para 723.452 - sendo que em 2008, o quadro tinha sido ainda pior, com 755.980 acidentes. No mesmo período de 2002 a 2009, o contingente de trabalhadores formais passou de 28.683.913 para 41.207.546, o que representou uma elevação de 43,7%.

Houve uma redução no número de mortes, de 2.968 para 2.496. Mas mesmo assim todos os dias em média sete trabalhadores morrem no Brasil em decorrência de acidentes de trabalho. A soma das mortes aos casos de invalidez permanente por acidente de trabalho totaliza 43 registros diários.

Sobre as grandes obras atuais, o presidente do TST afirma que há notícias de que as condições de trabalho não são as ideais. "Vejam o que aconteceu em Jirau. Em Belo Monte, serão 100 mil pessoas na construção de uma usina", afirma. "Vemos tudo isso com muita preocupação. Um aspecto desse fenômeno social grave é o risco de mais acidentes de trabalho."

O ministro ressalta que de 1975 até 2000 houve uma queda constante e firme nos índices de acidente. No entanto, segundo Dalazen, isso começou a mudar depois de 2001.

Notificação: O diretor do Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini, garante que não houve aumento nos acidentes de trabalho. "O que houve foi uma melhora na notificação acidentária no Brasil.

Dalazen afirma que recebeu uma informação segundo a qual desde 2000 o Brasil não envia à Organização Internacional do Trabalho (OIT) dados estatísticos sobre os acidentes trabalhistas no País. "Parece que não queremos nos submeter à transparência nessa área", afirma. Todeschini nega que exista essa suposta falta de transparência. Conforme ele, os dados são divulgados periodicamente no site da Previdência.

Dalazen avalia que as estatísticas disponíveis são precárias e inconsistentes, entre outros motivos, porque os números não incluem os funcionários públicos e os trabalhadores informais que também estão sujeitos a sofrer acidentes de trabalho.

A campanha de prevenção de acidentes do trabalho deverá ser lançada hoje em Brasília com a participação de representantes da Justiça do Trabalho, que completa 70 anos no Brasil, da Advocacia Geral da União (AGU) e dos Ministérios da Saúde, Trabalho e Previdência Social. O vice-presidente Michel Temer confirmou a presença no evento, segundo informações do TST.

Uma das medidas a ser tomada pela Justiça Trabalhista será tentar priorizar o julgamento de ações decorrentes de acidentes de trabalho.

Também deverão ser veiculadas campanhas institucionais com conteúdo pedagógico e tendo como público alvo trabalhadores e empresários.

domingo, 1 de maio de 2011

1º de Maio – Dia Mundial do Trabalho

Um breve histórico:

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.


Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho
Mais sobre a história, os pensadores e movimentos sociais em http://www.culturabrasil.pro.br/diadotrabalho.htm