terça-feira, 3 de junho de 2014

Trabalhadores da Office têm reivindicação atendida após paralisação


Os profissionais da construção civil que trabalham para a Office Construtora, na obra da Sipar, localizada na Rua Fernando Cortez (bairro Cristo Redentor), paralisaram, nesta terça-feira (03/06), suas atividades em solidariedade a sete colegas que não recebiam salários e estavam com a carteira de trabalho retida. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (STICC) foi até o local para mediar uma negociação, que ao final da manhã, foi concretizada.

Do grupo prejudicado, alguns não viam a cor do dinheiro há mais de dois meses. Era o caso do operador de guincho Fabrício Gomes da Silva. “Eu trabalhei um mês e no dia do pagamento a empresa não pagou. Eu disse que não podia ficar sem, pois minha esposa estava grávida. Aí me botaram na rua e marcaram o dia 02/05 para eu receber o valor da rescisão e do pagamento. Só que não cumpriram. Desde a minha demissão, fiquei com a carteira de trabalho retida e se não tivesse feito uns bicos, nem sei como teria sobrevivido”, relatou Fabrício.

Com a reincidência de episódios do tipo, os operários decidiram cruzar os braços e acionaram o sindicato para intermediar a situação com a empresa. A demonstração de força da categoria surtiu efeito e os representantes da Office decidiram, ainda no mesmo dia, pagar as quantias devidas. Enquanto a tramitação era realizada, o grupo aguardava calmamente até ter a confirmação do pagamento. O sucesso na paralisação trouxe alívio para o pedreiro Adriano Márcio da Costa, que se viu na primeira vez neste tipo de ocorrência: “Sou sócio há dois meses e nunca tinha precisado chamar o sindicato. Tiveram uma atuação excelente na negociação e no atendimento aos trabalhadores. Quem precisar procurar os seus direitos pode contar com esse auxílio”, recomendou.

Após o sinal de que a remuneração havia sido efetuada, as atividades foram retomadas no canteiro, com ressalvas. Isso porque, além dos problemas financeiros, a obra apresentava irregularidades, em especial nos jaús, balancins e no elevador de cremalheira. Estes equipamentos estão suspensos até quarta-feira, quando uma empresa de manutenção irá até o local para averiguar as condições de funcionamento e arrumar o que for necessário para liberar os aparelhos.

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